Não existe uma terapêutica curativa para a Esclerose Múltipla (EM). Em termos globais, o tratamento abrange 3 tipos distintos (Surtos, Modificadora e Sintomática):1
• Terapêutica dos surtos, utilizados quando ocorre um surto de Esclerose Múltipla, com o intuito de controlar a inflamação aguda. Consiste normalmente na corticoterapia endovenosa de altas doses e de curta duração (3 a 5 dias). Nos doentes com contraindicação e/ou surtos resistentes à corticoterapia pode-se optar por terapêuticas de 2ª linha, como as imunoglobulinas por via endovenosa ou a plasmaferese;
• Terapêuticas modificadoras da doença, utilizada para alterar a história natural da doença. Atualmente, as terapêuticas modificadoras aprovadas no nosso país para a Esclerose Múltipla incluem medicamentos subcutâneos/intramusculares, orais e endovenosos, utilizados de acordo com a atividade da doença. Assim, o panorama é bastante positivo relativamente ao armamento terapêutico modificador da doença disponível nesta patologia.
• Por ultimo, dispomos de terapêutica sintomática, cujo objetivo é aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, podendo ser dividida em 2 áreas, farmacológica e não farmacológica (reabilitação).
1. Ponce P, Mendes JJ. Manual de Terapêutica Médica 3ª ed Lisboa. Lidel 2017: 290–304.