Como é feito o diagnóstico?

Os critérios de diagnóstico para a Esclerose Múltipla (os clássicos critérios de McDonald) incluem dados clínicos (história clínica e exame neurológico) e paraclínicos (como a ressonância magnética, a analise do liquido cefalorraquidiano através da punção lombar e potenciais evocados), após exclusão de outros diagnósticos alternativos.1

Os critérios de McDonald baseiam-se no principio que as lesões do Sistema Nervoso Central (SNC) devem cumprir com a:

Disseminação no espaço: o desenvolvimento das lesões em diferentes áreas do SNC, ou seja, indicando um processo multifocal do SNC demonstrada por um novo surto clínico implicando um diferente local do SNC ou por RM (uma ou mais lesões hiperintensas em T2 em pelo menos dois dos quatro locais considerados característicos de Esclerose Múltipla – periventricular, cortical/justacortical, infratentorial e medula espinhal);

Disseminação no tempo: o desenvolvimento ou aparecimento de novas lesões no SNC ao longo do tempo demonstrada por um surto clínico adicional ou por RM ou pela presença de bandas oligoclonais no LCR.2

1. Gelfand JM, et al. Mult Scler Relat Disord 2014;122:269–90; 2. Thompson AJ, et al. Lancet Neurol. 2018 Feb;17:162–73