Esclerose Múltipla: A Vida Profissional

Abaixo encontra a transcrição do vídeo

Eu, durante 7, 8, 10 anos mantive uma atividade, mesmo na construção, muito intensa e com muito trabalho. Ou seja, durante 10 anos eu estraguei a minha saúde, mas podia. E passados esses 10 anos, tive que fechar a empresa.

Para além das nossas limitações, há um estigma muito negativo por partes das entidades empregadoras. A partir do momento em que a firma, da qual era sócio, insolveu, fui procurar emprego. Cheguei ao Final Two de selecção e fui sempre preterido, ou seja nunca me escolheram a mim. Não sei se foi por isso, obviamente ninguém me disse que foi por isso, mas de facto, na prática, deve ter sido por isso.

O que nós temos de conseguir fazer é atividades que permitam distribuir no tempo, a carga de trabalho que aceitamos assumir. É óbvio que isso depois torna-se difícil em termos de uma profissão corrente, normal. Porquê? Porque há dias, de facto, em que é muito difícil sair de casa e levantar e fazer seja o que for. Mas, por exemplo, numa atividade criativa de engenharia, por exemplo, que é o meu caso, eu posso trabalhar, obviamente, a partir de casa. Mas é óbvio que a necessidade de trabalhar para mim é muito importante. Porquê? Porque se eu não saio de casa, estou a dar o flanco a uma situação de doença que é, ao fim ao cabo, o meu adversário diário.