O Diagnóstico

Abaixo encontra a transcrição do vídeo

Eu comecei a sentir visão dupla, os membros inferiores e superiores quase sem reação. Falei com vários médicos de clínica geral, que inicialmente não sabiam o que era, e até me pediam que quando tivesse diagnóstico lhes dissesse o que era porque não havia conhecimento.

Vim ter a Braga, à neurologia. A neurologia despistou e disse-me logo, que à partida, ‘o seu diagnóstico será este: tem esta doença que se chama esclerose múltipla’, que na altura era uma interrogação enorme.

O diagnóstico surgiu-me depois de diversas visitas ao hospital em que não me diagnosticaram nada. Houve uma última visita em que, com uma pessoa mais experiente, rapidamente me indicou que teria de fazer alguns exames para despistagem e foi aí que se confirmou.

Tinham-me identificado uma hérnia discal na sequência de uma série de complicações que eu tive em 2001. E eu, a partir 2009, voltei novamente a sentir sensações muito estranhas, de falta de comando motor, etc. Portanto, procurei um neurocirurgião para me aconselhar se valeria a pena ser operado ou não. Ele achou e disse-me, textualmente: ‘aquilo que você acha que tem, não tem.’

Eu senti-me com um jovem que ia fazer 25 anos daí a um mês, no início da vida profissional com o expectativas enormes, com projetos fantásticos...
Eu senti-me na necessidade de reenquadrar toda a minha vida.

Quando soube, foi um choque. Mas tive que me adaptar. Tive que me reajustar.