

RADIOTERAPIA: EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
A radioterapia exerce menos efeitos nas células saudáveis do que nas células de linfoma. Mas, porque as células T normais são também muitas vezes afectadas pelo tratamento, podem ocorrer alguns efeitos secundários decorrentes da radioterapia.
Dado que a radioterapia é um tratamento local administrado numa região específica, a maioria dos efeitos secundários depende da área que está a ser tratada. Por exemplo:
- O tratamento ao abdómen pode provocar náuseas ou diarreia
- O tratamento ao pescoço ou parte superior do tórax pode afectar as mucosas da boca, garganta e esófago, o que pode provocar dor e dificultar a deglutição (o doente pode ter dor e dificuldade em engolir)
- O tratamento à cabeça ou a outras regiões com cabelo/pêlos, pode provocar queda de cabelo/pêlos nessa área
- Por vezes, a pele sobre o linfoma sob tratamento fica queimada avermelhada e inflamada devido à radiação
Além disso, a maioria das pessoas sentem-se cansadas e letárgicas enquanto estão a receber radioterapia e a contagem de glóbulos brancos pode diminuir, o que aumenta a probabilidade de contrair infecções durante o tratamento.
Estes efeitos secundários podem ser ligeiros (provocar um pouco mais do que um leve mal-estar) ou variar de intensidade. Na maioria dos casos, os efeitos secundários são mais ligeiros no início e tendem a agravar-se ao longo do tratamento. Todos estes efeitos secundários são temporários, designadamente a queda do cabelo. Podem manter-se durante algumas semanas ou meses após a conclusão do tratamento mas acabam por desaparecer.
Ocasionalmente, ocorrem efeitos a longo prazo associados à radioterapia. A radioterapia da região pélvica ou das virilhas pode afectar a fertilidade, tanto nos homens como nas mulheres. Tanto quanto possível, os testículos ou ovários devem ser protegidos da radiação durante o tratamento.
A radioterapia pode também aumentar o risco de ocorrência de alguns cancros em tecidos que receberam radiação, por exemplo, a pele. Assim, é importante que os doentes consultem regularmente o médico, para além de tomarem medidas preventivas para reduzir o seu risco de cancro, designadamente, deixar de fumar e utilizar protector solar.
Na mulher submetida a radioterapia da mama, especialmente se tiver antecedentes familiares de cancro, é muito importante fazer o despiste do cancro a longo prazo. O homem pode também ser afectado e deve fazer o despiste regular se tiver antecedentes familiares de cancro da mama. O cancro da tiróide tende a ocorrer com mais frequência após radioterapia do pescoço.
Podem surgir outros efeitos a longo prazo, por exemplo nos pulmões, resultantes da cicatrização de tecidos após a radioterapia.
 
 
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As instruções do médico e dos restantes profissionais de saúde que o acompanham devem ser rigorosamente seguidas, pelo que sugerimos que contacte sempre o seu médico ou farmacêutico.
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