- Após o tratamento, com que frequência deverei ser reavaliado? Que tipo de cuidados continuados deverei ter?
- Estarei eventualmente apto a voltar às minhas atividades normais?
- Quem vai estar envolvido com o meu tratamento e reabilitação?
- Qual é o papel de cada membro da equipa médica que me vai seguir?
- Qual tem sido a sua experiencia no tratamento de doentes com cancro do pulmão?
- Existem grupos de apoio na área, com pessoas com quem eu possa falar?
- Existem organizações onde eu possa obter mais informação sobre o cancro, especialmente cancro do pulmão?
Apoio e acompanhamento do doente
Atualmente, com o avanço e melhoria na detecção e tratamento precoces do cancro, mais pessoas podem ficar curadas.
Depois de completar os tratamentos, é fundamental a realização de avaliações regulares em consulta com realização de exame físico, realização de análises, radiografias e TC.
O objetivo destas reavaliações é detetar o mais precocemente possível uma eventual recidiva ou progressão da doença de modo ao médico poder atuar rapidamente
Se houver uma recidiva ou progressão, a equipa médica irá definir com o doente, q um novo plano de tratamentos.
Se surgir qualquer problema de saúde no período entre as consultas marcadas, deverá contactar o médico.
A importância de enfrentar a doença acompanhado
Sendo uma doença tão grave, o cancro do pulmão tem impacto não só nos doentes como naqueles que o rodeiam: cuidadores e famílias.
Muitos doentes, devido ao estigma associado à doença, não gostam de falar sobre a mesma, o que acaba por fazer com que outros na mesma situação não possam beneficiar dessa partilha tão importante. E acabem por sentir que estão mais sozinhos do que realmente acontece.
Andy, um doente diagnosticado com cancro do pulmão em 2017, conta-nos um pouco a sua história…
… e como a família e os amigos próximos contribuíram decisivamente para esse combate!
FACTOS E MITOS SOBRE O CANCRO DO PULMÃO
É importante perceber que, nunca doença tão multifatorial e complexa, vão sempre surgir imensas informações que, quer tenha a doença, quer não, o poderão confundir.
- Mito 1: Apenas fumadores têm cancro do pulmão
Aproximadamente 15 % de todos os casos de cancro do pulmão ocorrem em pessoas que nunca fumaram. A exposição não intencional ao fumo do tabaco pode, ainda assim, ser um fator de peso nestes casos.
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Mito 2: Todos os diagnosticados com a doença têm tosse
65 % dos doentes identificados com cancro do pulmão têm tosse na altura do diagnóstico. Muitos outros não têm nem tosse, nem qualquer outro sintoma!
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Mito 3: É uma doença recente. Não existia antes do aparecimento dos cigarros
Em 1761 o cancro do pulmão foi identificado pela primeira vez, muito antes dos cigarros existirem. Já na altura, ainda que uma doença rara, causava aos doentes múltiplas complicações de saúde.
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Mito 4: O cancro do pulmão só afeta os pulmões
Infelizmente o cancro do pulmão pode espalhar-se por todo o corpo, num processo chamado metastização. Muitas vezes, espalha-se para o cérebro e pode causar a perda de funções vitais.
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Mito 5: Só os homens têm cancro do pulmão
1 em cada 14 homens estão em risco de desenvolver o cancro do pulmão. Este número, nas mulheres, baixa para 1 em 17. Pelo que sim, as mulheres também podem desenvolver a doença.
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Mito 6: Todos os cancro do pulmão são iguais
Há dois tipos principais de cancro do pulmão (já para não falar dos seus subtipos e variações genéticas): o cancro do pulmão de não-pequenas células e o cancro do pulmão de pequenas células.
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Mito 7: Remover cirurgicamente o pulmão não é possível
Remover parte, ou mesmo um pulmão inteiro, é hoje em dia possível e uma opção de tratamento viável (quando adequada ao caso do doente).
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Mito 8: É uma doença dos idosos
Cerca de 30 % dos casos de cancro do pulmão ocorrem em doentes abaixo dos 65 anos. Infelizmente também, é nessa faixa etária onde se encontram 25 % das mortes pela doença.
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Mito 9: Quando se espalha, o cancro do pulmão deixa de poder ser tratado
É difícil sim, mas ainda que a cura seja tipicamente difícil, há vários tratamentos possíveis. Além disso, novas opções de tratamento conseguem prolongar a sobrevivência dos doentes com resultados muito promissores.